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Gibis podem ser usados em sala de aula? Como?

(novaescola@atleitor.com.br)

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Sim. As histórias em quadrinhos são boas ferramentas de incentivo à leitura, seja lá qual for a idade do leitor. A associação de textos e imagens torna o ato de ler mais atraente e os elementos gráficos (como os balões e as expressões faciais dos personagens) facilitam a compreensão da trama. Como abordam variados temas – aventuras espaciais, convivência entre animais etc. –, permitem que professores de diferentes áreas trabalhem com um amplo leque de informações. Enredos de ficção científica, por exemplo, podem ser o ponto de partida para o debate de assuntos relacionados à disciplina de Ciências. O importante para usá-los corretamente é criar a estratégia adequada, combinando as especificidades do conteúdo, o tema da história e as características dos estudantes (a faixa etária, o nível de conhecimento e a capacidade de compreensão).

Pergunta enviada por Kennedy Xavier Soares, Manaus, AM

Consultoria Alexandre Barbosa, mestre em Ciências da Comunicação, Paulo Ramos, editor do Blog dos Quadrinhos, e Waldomiro Vergueiro, coordenador do Observatório de Histórias em Quadrinhos da Universidade de São Paulo.

Aulas que estão no gibi

Ao criar histórias em quadrinhos, turma de alfabetização aprende a transmitir suas idéias utilizando o desenho e a palavra

Denise Pellegrini (dpellegrini@abril.com.br)


As crianças desenharam seus personagens preferidos,
como o Cascão, e pesquisaram os diferentes tipos de balão:
trabalho para entender as variações da língua

Houve tempo em que levar revista em quadrinhos para a classe valia repreensão e castigo e o aluno ainda se arriscava a perder o gibi. Pois a professora Cynthia Nagy, do Colégio Mopyatã, na capital paulista, fez exatamente o contrário: usou o material preferido de seus alunos da pré-escola para animar suas aulas de Português e Educação Artística. "Enquanto eram alfabetizadas, as crianças aprenderam as características desse tipo de linguagem e, no final do ano, estavam desenhando e escrevendo histórias", relata Cynthia. "As revistas têm a particularidade de unir duas formas de expressão cultural: a literatura e as artes plásticas", analisa a professora.

Waldomiro Vergueiro, coordenador do Núcleo de Pesquisas em História em Quadrinhos da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (USP), endossa as palavras de Cynthia. "Cada vez mais os produtos culturais se entrelaçam", afirma. No caso dos quadrinhos, o resultado é um veículo extremamente atraente para as crianças. "Por isso, considero bastante oportuna sua utilização em sala de aula", completa Waldomiro.

Além disso, a experiência se enquadra tanto nos Referenciais Curriculares Nacionais para a Educação Infantil quanto nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN). Ambos falam da importância do trabalho com diferentes tipos de texto, entre eles os quadrinhos. De acordo com a consultora de Português Maria José Nóbrega, uma das elaboradoras dos PCN de 5ª a 8ª séries, entre as vantagens de utilizar esse recurso na alfabetização está a possibilidade de a turma ler textos só em letras maiúsculas. "Isso permite exercitar a autonomia da leitura recém-conquistada", justifica.

Investigando os balões

A experiência de Cynthia começou com o material de que ela dispunha em sala. Colocados num canto, os gibis estavam sempre ao alcance de seus 22 alunos. Quem não sabia ler escutava as histórias contadas por ela e pelos sete colegas já alfabetizados. As primeiras historinhas começaram a ser feitas depois de a classe conversar sobre as revistas preferidas.

No princípio, os pequenos copiavam os desenhos das revistas com papel vegetal e mudavam apenas o texto. "Expliquei que essa foi a técnica utilizada pelos primeiros desenhistas no Brasil", conta Cynthia. Para Maria José, informações históricas como essa são importantes para que a criança conheça bem o gênero de linguagem com que está trabalhando. "Também é interessante mostrar à classe personagens desconhecidos", recomenda. Esse exercício fez parte da rotina das aulas de Cynthia. "Eu e as crianças procurávamos tiras nos jornais e colávamos as melhores num cartaz."

A pesquisa foi uma constante no projeto. Um dos primeiros itens investigados pelos alunos foram os balões. As crianças recortaram das revistas vários tipos, como os de fala, pensamento, sonho, amor, grito, cochicho e uníssono. Em seguida, estudaram o que eles continham. Viram que, além de palavras comuns, traziam onomatopéias ou mesmo um simples desenho. "Tudo o que as crianças descobriam era socializado com os colegas nas discussões em roda", diz Cynthia.

Nesta fábrica, a matéria-prima é a idéia

Artistas mostram aos alunos como se faz um gibi

Ao trabalhar com revistas na sala de aula deixe claro para seus alunos o seguinte: não é necessário fazer desenhos e textos maravilhosos.

"Os quadrinhos têm uma linguagem própria e o mais importante é entender seus códigos", afirma Marcelo Campos, um dos quatro profissionais que cuidam da Fábrica de Quadrinhos, núcleo de produção e ensino dessa técnica localizado em São Paulo.

Marcelo
e seus companheiros visitam escolas e, em palestras de 30 minutos, descrevem as etapas envolvidas na confecção de um gibi. A base de qualquer tira, eles avisam, é a idéia.
"O desafio é passá-la para o desenho, distribuindo a informação pelo espaço disponível."

Os artistas dão uma aula prática sobre o processo de produção de uma revista. Primeiro, instigam a turma a criar os personagens. Depois, lançam um mote. Enquanto os alunos inventam a história coletivamente, os profissionais esboçam o desenho. "Sempre alertamos a turma para a necessidade de respeitar o perfil que eles mesmos deram aos personagens", diz Marcelo. As palestras, gratuitas na Grande São Paulo, são agendadas de acordo com a disponibilidade da equipe. Confira no quadro ao final da reportagem o telefone para informações.

De frente, de costas e de perfil

Na hora de escolher personagens para suas histórias, a turma ficou com os de Mauricio de Sousa. Em grupo, eles descreveram os principais integrantes da Turma da Mônica. Cynthia passou o que as crianças tinham escrito para cartazes, que eram consultados por todos na hora de criar as tiras. As técnicas de arte vieram em seguida. "Primeiro, eles desenharam os personagens de frente, de costas e de perfil, de acordo com a descrição feita anteriormente. Depois deram movimento às figuras, mostrando o andar, a corrida ou um pulo."

Para estimular o processo de criação, vários exercícios se seguiram. A professora tirava cópias das histórias e apagava balões ou quadros inteiros, que eram refeitos pela turma. Outras vezes, ela distribuía uma história recortada para ser colocada em ordem. Após essa fase, Cynthia ensinou como transformar uma idéia em quadrinhos. "Eu lia um texto curto e repetia, trecho por trecho, para que as alunos fizessem um esboço", lembra.

No quadro-negro, eles tentavam dividir a narrativa em quadros e criar os diálogos. Quando todos se familiarizaram com a tarefa, cada criança criou sua história e fez um esboço, em quatro quadros. "Todas as atividades propostas pela professora deram às crianças competência para produzir seus roteiros", avalia Maria José.

O projeto, apesar de não ter sido o único em Português, teve grande influência na alfabetização da turma. "No final do ano, apenas dois alunos não estavam alfabetizados", festeja Cynthia. Os erros dos textos, ainda freqüentes, não foram corrigidos por ela. "A escrita só era melhorada até o ponto em que a criança tinha condições de chegar", explica Regina Scarpa, coordenadora pedagógica do Colégio Mopyatã.
As melhores tiras, escolhidas em votação, foram publicadas no jornal bimestral da escola. As demais formaram um almanaque. Essa foi uma ótima forma de concluir o trabalho, na opinião de Maria José. "É importante que as crianças vejam suas criações publicadas em veículos típicos do gênero."

Três jeitos de contar uma história

Alunos conferem diferenças entre os quadrinhos, o livro e o teatro

Assim que terminavam suas tarefas, os alunos da professora Silvana Vívolo, do Colégio Montessori Santa Terezinha, em São Paulo, tiravam um gibi da mochila e se divertiam com a leitura. Atenta a esse detalhe, Silvana resolveu incorporar o gosto da turma de 5a série a suas aulas de Português. Ela pediu que a classe lesse o livro Cuidado: Garoto Apaixonado (Toni Brandão, Melhoramentos, 11,40 reais, tel. 0_ _11-3874-0884). O trabalho que veio a seguir fascinou a turma.

A narrativa foi transformada em quadrinhos, com a ajuda do programa Oficina do Livro (Iona, 47,20 reais na Dudes Shop, http://www.uol.com.br/dudes/info.htm). "Recomendei que evitassem as falas de narrador e tornassem os diálogos curtos como os dos gibis", explica Silvana.

Antes que fosse ao laboratório de informática, porém, a professora levou a classe para ver uma peça de teatro baseada no mesmo livro. De acordo com Waldomiro Vergueiro, da USP, é importante oferecer aos alunos o contato com várias linguagens. "Eles percebem que uma mesma mensagem pode ser transmitida de diferentes maneiras e que não há uma mais nobre que a outra", conclui.

''Eu já sei ler gibi!''

Esse gênero literário colorido, ilustrado e cheio de recursos gráficos estimula as turmas de pré-escola a tomar gosto pela leitura

Adriana Toledo (novaescola@atleitor.com.br)

Foi-se o tempo em que os gibis eram proibidos na sala de aula e as crianças tinham de escondê-los sob a carteira. Os quadrinhos são uma excelente opção para incentivar a leitura em quem está entrando no mundo das letras. A começar pelos personagens, que, por si só, são atraentes para a garotada. “Eles despertam interesse por serem bem conhecidos”, explica o psicólogo José Moysés Alves, da Universidade Federal do Pará.

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“Afinal, estão presentes em brinquedos, jogos, roupas, embalagens, peças de teatro e desenhos na televisão. Sem contar que os protagonistas passam por situações parecidas com as de seus leitores: vão à escola e ao parque, têm pesadelos e medo de dentista. Isso promove a identidade e a familiaridade entre eles.”

Mas o grande trunfo são os recursos gráficos. As imagens aparecem associadas a textos coloquiais e permitem que a criança antecipe o enredo e atribua sentido à história, mesmo sem saber ler. Para Beatriz Gouveia, coordenadora do programa Além das Letras, do Instituto Avisa Lá, em São Paulo, as onomatopéias, como “ploft” e “grrr”, também são importantes para facilitar a compreesão de diversas situações e emoções.

O mesmo vale para os balões. Só de olhar é possível saber se um personagem está pensando, gritando ou conversando. “Com essas informações, fica fácil entender a trama”, afirma Silvana Augusto, selecionadora do Prêmio Victor Civita Educador Nota 10. Ela lembra que as publicações são baratas e acessíveis, o que permite a compra de vários exemplares da mesma edição para distribuir na sala. Com isso, as crianças podem acompanhar a leitura em voz alta pelo professor.

Quadrinhos e fantoches

Para explorar essas características, o professor Marcelo Campos, da EMEI Sonho de Criança, em Pompéia, no interior de São Paulo, criou o projeto Semeando o Prazer de Ler com as Histórias em Quadrinhos – vencedor do Prêmio Professores do Brasil (dado pelas fundações Orsa e Bunge, com o apoio do Ministério da Educação). Ele fez uma pesquisa e descobriu que 70% das crianças não vivenciavam situações de leitura em casa. Por isso, apostou nas histórias em quadrinhos para iniciar o trabalho com classes de crianças com 4 e 5 anos (veja no quadro ao lado uma seqüência didática para desenvolver um projeto nessa área).

Marcelo começou perguntando quais eram as histórias e os personagens mais conhecidos. Com esses dados, confeccionou fantoches dos mais populares e, nas encenações, falava um pouco das características físicas e psicológicas de cada um. Ao apresentar a Mônica, por exemplo, ele chamou a atenção para o fato de ela só usar roupas vermelhas e sempre se irritar com o Cebolinha. Foi a forma que ele encontrou de antecipar informações e facilitar a compreensão do enredo.

Como a escola não tinha as revistinhas, Marcelo mobilizou a comunidade para montar a gibiteca, espalhando cartazes pela vizinhança e pedindo ajuda aos pais. Em pouco tempo, cerca de 300 gibis já estavam catalogados na escola.

As crianças podiam levá-los para casa duas vezes por semana e tinham de devolver no dia combinado e cuidar do material. Isso permitiu que todas manuseassem as histórias, criando as noções de como se comporta um leitor de quadrinhos. Na etapa seguinte, Marcelo organizou uma leitura coletiva. Com a ajuda de um retroprojetor, ele reproduziu algumas histórias em transparências para a turma perceber detalhes da paisagem e dos personagens. No fim de cada projeção, Marcelo lia o texto na íntegra para todos entenderem a ordem seqüencial.

Compartilhar os gibis

Para encerrar o trabalho, o professor organizou uma verdadeira gibiteca itinerante. Uma carroceria de caminhão cedida pela prefeitura foi adaptada para transportar as crianças e o acervo e virou o Trenzinho da Leitura. Seu objetivo? Disseminar o prazer de ler. Uma vez por semana, a turma visita outras unidades educacionais do bairro para apresentar os personagens e falar sobre as histórias, formar rodas de leitura com crianças de todas as idades e emprestar as revistinhas. O saldo do projeto foi animador: todos se tornaram loucos por gibis, procurando- os espontaneamente. E tudo isso antes mesmo de estarem alfabetizados.

Atividades Seqüência didática

Conteúdos

• Leitura e manuseio de histórias em quadrinhos.

• Valorização da leitura como fonte de prazer e cultura na escola e na comunidade.

• Envolvimento de crianças, pais e comunidade em situações de leitura. ANO Pré-escola. Tempo estimado Dois meses. objetivos

• Estimular nas crianças o prazer de ler antes da alfabetização.

• Aproximar a escola e a comunidade por meio da leitura.

• Formar leitores competentes. Material necessário Gibis variados, com o máximo possível de exemplares repetidos, cartolina, tesoura, transparências e retroprojetor.

Desenvolvimento

1ª etapa Reúna as crianças e pergunte quais personagens elas conhecem. Discuta as principais características de cada um e apresente algumas informações comportamentais e físicas. Depois dessa conversa inicial, mande um bilhete aos pais ou fale com eles sobre a importância do projeto. Aproveite para convidá-los a participar. Uma das maneiras é pedir a doação de gibis. Outra é perguntar sobre a possibilidade de eles comparecerem durante uma hora na escola, no decorrer do projeto, para ler para a turma ou participar como ouvintes das rodas de leitura. Ao receber as doações, catalogue e organize-as por título para ficar mais fácil encontrar o desejado. Assim estará montada a gibiteca. Para animar a garotada e controlar os mpréstimos, faça carteirinhas de sócios para todos (que tal colocar uma foto também?).

Anote as datas de retirada e de devolução. Aproveite os momentos de organização do acervo para ensinar a manusear o material corretamente: as páginas devem ser viradas com cuidado e com as mãos limpas para não rasgar nem amassar. Explique que é preciso se comprometer a devolver o gibi na data estipulada para que outros colegas possam ler depois.

2ª etapa Prepare transparências com algumas seqüências e apresente as histórias com a ajuda de um retroprojetor. Faça uma máscara de cartolina para cobrir os quadrinhos, pois o ideal é mostrá-los um a um. Dessa maneira, todos vão fazer uma observação minuciosa das expressões fisionômicas dos personagens e dos detalhes das cenas. Chame a atenção para o formato dos balões e as onomatopéias. Depois de analisar cada um, pergunte: “O que será que vem no próximo?”, para estimular as crianças a antecipar o enredo. Depois, leia o texto completo para a turma entender a seqüência.

3ª etapa Para a leitura compartilhada, distribua exemplares do mesmo gibi para que todos possam acompanhar a história individualmente, em duplas ou trios. Depois que a turma tiver um bom repertório, escolha uma das histórias, recorte os quadrinhos e embaralhe-os. Organize a sala em grupos e distribua um montinho com uma seqüência completa para cada um. O desafio é remontar na ordem correta.

4ª etapa Repita os momentos de leitura várias vezes durante a semana – o ideal é fazer disso uma atividade permanente durante o ano. É hora de chamar os pais que se dispuseram no início a participar do projeto para comparecer à sala. Eles podem ser leitores ou simplesmente ouvir as histórias na roda. Cuide para que esses momentos sejam bem descontraídos. Uma idéia é levar os pequenos para ler no parque. Outra, espalhar colchonetes e deixá-los curtir os quadrinhos à vontade. Avaliação Para saber se os objetivos foram alcançados, observe se depois dessas atividades as crianças buscam espontaneamente a leitura de gibis e com que freqüência, se comentam as histórias preferidas e se adquiriram o hábito de levá-los emprestados para casa. Consultoria Marcelo Campos Pereira, professor da EMEI Sonho de Criança, em Pompéia, SP.

Atividades com História em Quadrinhos

Utilizando o primeiro quadro da história da Mônica, você poderá criar várias atividades em sua sala de aula. Veja algumas sugestões:

  • Atividade coletiva: produção da sequência da história. Nomes dos personagens que farão parte, as falas de cada um... o registro escrito do roteiro com o desenvolvimento e o final da historia;
  • Atividade individual onde os alunos irão desenhar o quadrinho seguinte da história;
  • Observando atentamente o primeiro quadro, escreva em duplas, qual será a sequência e o final desta história.
  • Trabalhando a oralidade, perguntar: Qual o nome do personagem? Por que o autor usou este título? Quais os outros personagens que poderiam participar desta história? Por que? O que irá acontecer na sequência? E qual será o final? Você já comeu flan? E flan de quiabo? Você gosta de quiabo?

ATIVIDADE COM HISTÓRIA EM QUADRINHOS



1- Cebolinha ao falar "cruzar os sete mares" quis dizer:

(A) viajar por todos os mares

(B) jogar batalha naval

(C) derrotar os sete mares

(D) guerrear com os sete piratas dos mares

2- Por que Cebolinha aparece com o olho roxo no último quadrinho?

(A) porque caiu do seu barquinho

(B) porque foi atingido por um monstro marinho

(C) porque machucou-se com sua espada

(D) porque Mônica bateu nele

3- Cebolinha brincava de pirata usando:

(A) uma prancha de madeira

(B) uma tina de madeira

(C) uma banheira velha

(D) uma piscina inflável

4- No antepenúltimo quadrinho, Cebolinha diz: "Er... Oi Cascão! Posso blincar de bonequinhos com você?" . A frase destacada representa que Cebolinha estava:

(A) sem graça porque queria brincar com Cascão

(B) alegre por ver Cascão

(C) nervoso porque apanhou da Mônica

(D) entusiasmado em brincar com Cascão

FONTE: SARESP 2003 - LEITURA E ESCRITA - 4ª SÉRIE

Priscila





Tirinhas da turma da Mônica.




















eva

Cachorrinho de e.v.a atoalhado

111 moldes de Eva com tema cachorrinhos.

Recolhi no artesanato Brasil mais esses diversos moldes de Cachorrinhos em EVA. Tem porta-retrato, enfeite de porta, de parede, lembrancinhas de aniversário, caixas, porta-doces, máscaras, porta-trecos, painéis, enfim uma infinidade e idéias para fazer presentear e vender.


Matemática-Números bem tratados.

Fazer o registro da pontuação de jogos simples, como o "dados coloridos", é um dos passos iniciais para a criançada entender - e fazer corretamente - o tratamento da informação

Thais Gurgel (thais.gurgel@abril.com.br)

Dados coloridos. Jogo de matemática.

Realizar registros que ajudem a chegar ao resultado de um problema matemático é um aprendizado importante para as crianças das séries iniciais. Esse conteúdo de ensino pertence ao bloco Tratamento da informação, uma área do conhecimento na Matemática que se articula com todos os outros campos da disciplina no Ensino Fundamental I – Números e Operações, Espaço e Forma e Grandezas e Medidas –, mas que tem especificidades a serem desenvolvidas desde cedo.

Trabalhar a produção de registros e a sua interpretação depende, antes de mais nada, de que os pequenos compreendam a sua utilidade. Para isso, é preciso criar situações – no registro de jogos, por exemplo – em que o controle de quantidades pela contagem de dedos ou pela memória não dê conta de garantir que se chegue ao resultado. “Essa preocupação é fundamental na hora de escolher a atividade a ser proposta”, diz Cileda Coutinho, professora da pós-graduação em Educação Matemática da PUC-SP. “Sem que a criança perceba por si própria a necessidade de registrar, dificilmente ela se envolverá em encontrar a melhor forma de fazê-lo para chegar a seus objetivos.” E descobrir como se faz bem o registro é a segunda condição para que a aprendizagem desse conteúdo de fato seja conquistada. Por isso, são fundamentais as intervenções do professor ao longo da atividade.

A professora Rosimeire Soares, da EMEF Laura Lopes, em São Caetano do Sul, SP, fez a escolha certa para sua turma de 1º ano. Durante dois meses, as crianças brincaram com o jogo “dados coloridos”, ao menos uma vez por semana.

O jogo, de regras bastante simples, deve ser praticado em grupos de quatro participantes, dos quais um (denominado “secretário”) fica responsável por controlar as rodadas – que são três – e determinar o vencedor. A cada jogada, a criança lança três dados – com faces de cor azul, vermelha e amarela – e ganha um ponto para cada face azul obtida. A cada dia, é importante que haja um revezamento na função de “secretário”.

Qual informação coletar

Nos primeiros dias em que trabalhou com o jogo em suas aulas, Rosimeire apresentou as regras do jogo e deixou que os pequenos brincassem para se familiarizar com elas. “Quando todos entendem a regra e percebem o que deve ser contado para saber quem foi o vencedor, eles já têm resolvido uma das partes do problema – justamente o de saber qual é a informação numérica a ser coletada”, diz Cileda. “O registro é o próximo passo.”

Intencionalmente, Rosimeire não orientou a turma a registrar os pontos no papel, pois queria ver essa necessidade surgir pela dificuldade em controlá-los. Aos poucos, os “secretários” começaram a perceber que, para garantir a contabilidade do jogo, precisavam de lápis e papel para anotar. No início, é possível – e aceitável – que alguns ainda recorram aos dedos das mãos (tanto as próprias como as dos colegas, quando seus dedos já não forem suficientes). Conforme avançam as partidas, aqueles que ainda não utilizam a marcação em papel sentem dificuldade em anunciar o vencedor. Vendo como os outros grupos resolvem a questão, eles também partem para o registro, revelando o entendimento de uma das funções do número: a de representar uma quantidade, ou seja, de registrar um montante de pontos que pode ser esquecido sem um registro.

Ao final de cada rodada de partidas, é preciso analisar no material produzido pelos alunos a forma como eles organizaram os dados coletados. “É muito comum que, inicialmente, as crianças não coloquem os nomes dos jogadores nos registros”, explica Priscila Monteiro, formadora do projeto Matemática é D+, da Fundação Victor Civita. “Em salas onde esse aspecto aparece, é importante discutir a necessidade de marcação dos nomes, como condição mínima para saber quem ganha o jogo.”

O melhor registro

Também é natural que, ao fazer o registro escrito, apareçam várias formas de anotação. No caso de Rosimeire, os alunos usaram diferentes opções de escrita numeral (por exemplo 1-1-1 ou 1-2-3), mas também marcações como bolinhas e pauzinhos. Por isso, é importante promover na classe uma reflexão coletiva sobre a organização das informações.

Rosimeire lançou diferentes questões à turma. Em uma folha, por exemplo, em que os nomes estavam muitos próximos, assim como os números relativos aos pontos, ela perguntou apontando: “Dá para ter certeza se esse ponto é desse jogador ou do outro?” Com a negativa das crianças, o grupo discutiu formas de evitar a dúvida em uma próxima vez, como traçar uma linha entre os nomes dos participantes no papel.
Outro aspecto frequente em atividades como esta é o fato de as crianças só marcarem no papel os pontos feitos, sem usar qualquer indicador para as rodadas em que o participante não pontua. Aparecem registros como o abaixo:

Resultados do jogo de matemática

“Eles dificilmente compreendem de início a importância de colocar um zero ou um traço, por exemplo, no registro”, diz Priscila. “Nesse caso, você pode questionar a turma: como é possível saber que esse jogador (o ganhador) não jogou mais vezes que o outro, se há mais algarismos registrados em seu nome?”

Mais uma reflexão necessária é se o registro com algarismos indica uma soma de pontos ou não. Tomando como exemplo os registros da turma de Rosimeire é possível discutir se, no registro “1, 2, 3”, o algarismo 3 se refere ao total da partida ou se é o número de faces azuis que o jogador obteve na terceira rodada.

“O norte da discussão para o aperfeiçoamento do registro é torná-lo um instrumento de informação eficaz e sem margem de dúvidas”, diz Priscila. Uma possibilidade para levantar essa discussão é trocar registros entre os grupos e pedir que descubram quem é o vencedor do outro grupo com base na interpretação do material.

fonte- Nova Escola.

A Estrela de Laura.

A Estrela de Laura.

Quem me dera ter uma amiga,” suspirou Laura, enquanto olhava pela janela do seu quarto. “Alguém especial com quem partilhar os meus segredos.” Mas não havia ninguém a ouvir – apenas as estrelas distantes que piscavam e brilhavam como pequenas pérolas no céu da noite.

De repente, algo captou a atenção de Laura. Laura mal podia acreditar: um rastro cor prata, rodopiando no céu, vinha em sua direção. Passou tão perto da janela, que Laura quase conseguia tocar-lhe.
Algo de mágico e maravilhoso estava a acontecer! Laura vestiu apressadamente o roupão, calçou os chinelos e desceu até à rua.
Lá fora, caída na calçada, encontrava-se uma pequena estrela que lançava faíscas coloridas.
“É
linda”, sussurrou Laura ao aproximar-se da estrela. Uma das pontas
da estrela tinha se partido quando esta caiu no chão. “Não se preocupe,” disse Laura, enquanto a levava carinhosamente para casa. “Vou tratar de você e ficará boa depressa.” Já no seu quarto, Laura conseguiu consertar a estrela. Mais tarde, Laura contou à sua amiga todos os seus segredos e esta parecia brilhar cada vez mais.
Era como se a conseguisse ouvir e compreendesse. Laura adormeceu muito feliz, porque sabia que tinha finalmente encontrado uma amiga especial.
Mas quando acordou no dia seguinte, reparou que a su
a almofada estava vazia. A estrela tinha desaparecido! Ficou assustada. Procurou debaixo do cobertor e revirou todas as gavetas e armários.
Subiu até ao topo do guarda-vestidos e até espreitou por debaixo da cama. Mas não encontrou nada. Não conseguia encontrar a estrela em lado algum. Laura sentiu-se muito só e como se de repente já nada tivesse importância.
Será que a pequena estrela tinha sido apenas um sonho?Quando Laura voltou da escola, os seus pais tentaram fazer o possível para alegrá-la.
“Quer um pouco da sua Gelatina preferida?” perguntou o
Pai. “Não gosta do meu chapéu maluco? O que você tem?” perguntou a Mãe.
Laura não podia responder. Não podia explicar porque est
ava tão triste.
A sua estrela tinha desaparecido para sempre, e nem sequer lhe tinha dito adeus.
À noite, Laura foi se deitar muito desconsolada. Mas, ao aproximar-se do qua
rto, reparou uma luz que aparecia por baixo da porta. Ao abri-la, ficou espantada com o grande clarão de luz que viu. Era ela!
A sua estrela estava exatamente onde a tinha colocado na noite anterior e brilhava como mil diamantes.

De inicio Laura mal podia acreditar, mas depois, muito contente, correu para junto da sua querida amiga estrela. “Já sei o que aconteceu,” disse Laura. “As estrelas só aparecem de noite. Esteve sempre aí, só que eu não conseguia ver.
Eu sabia que não iria me deixar sem me dizer adeus.” Brincaram, fizeram partidas e Laura leu para a estrela o seu livro favorito. Mas Laura aos poucos
percebeu que a estrela estava ficando fria e menos brilhante, como estivesse a desaparecer.
Laura tentou aquecê-la com as suas pequenas mãos quentes, mas a estrela continuava cada vez mais fria. Depressa percebeu porque é que a sua amiga estrela estava se apagando.
Laura escolheu os seus quatro melhores balões e os amar
rou cuidadosamente à pequena estrela.
Fique bem,” disse Laura.Enquanto abria a janela e largava os fios. “E seja muito feliz.”
Lentamente, os balões subiram no céu escuro e a pequena estrela piscou carinhosamente para Laura enquanto se afastava cada vez mais, até alcançar as outras estre
las, que estavam lá em cima no céu estrelado.
Laura já não estava triste, porque sabia que a sua pequena estrela tinha voltado para a sua verdadeira casa, onde realmente pertencia. Todas as noites, antes de se deitar, ia até a janela e contava os seus segredos ao céu, pois sabia que, onde
quer que a pequena estrela estivesse, ela estava sempre a ouvir.

A estrela de Laura- Klaus Baumgart/ Lisboa, minutos de Leitura.

Sugestão de atividade da Professora Sulivam Simone.

CONFECCIONEI ESTRELINHAS COM DELICIOSOS PIRULITOS.

APÓS A LEITURA FIZ ALGUMAS PERGUNTAS.

POR QUE LAURA ESTAVA TRISTE?

QUANDO LAURA ESTAVA OBSERVANDO O CÉU O QUE OCORREU?

QUEM ESTAVA CAÍDA NA CALÇADA E O QUE HOUVE COM ELA?

O QUE FEZ LAURA PARA AJUDÁ-LA?

LAURA DORMIU FELIZ, MAS AO ACORDAR O QUE ACONTECEU?

OS PAIS DE LAURA TENTARAM ANIMALA COM O QUÊ?

QUAL FOI A SURPRESA QUE LAURA TEVE AO ANOITECER?

O QUE A MENINA PERCEBEU AO TOCAR A ESTRELA.

QUAL FOI A IDÉIA QUE TEVE PARA SALVAR SUA AMIGA.

LAURA NÃO FICOU TRISTE COM A SUA PARTIDA POR QUÊ?

E VOCÊ TEM ALGUÉM QUE GOSTA MUITO?

FAZENDO SUA PRÓPRIA REDAÇÃO.

TROQUE O NOME DE LAURA PELO NOME DOS ALUNOS, POR EXEMPLO:

A ESTRELA DE AMANDA.

A ESTRELA DO JOÃO.

ROTEIRO PARA CRIAR A HISTÓRIA

EM QUE LOCAL VOCÊ ESTAVA QUANDO VIU A ESTRELA PELA A PRIMEIRA VEZ?

COMO ERA A ESTRELA E COMO ELA ESTAVA?

O QUE VOCÊ FEZ COM SUA ESTRELINHA?

PORQUE ELA TEVE QUE VOLTAR PARA O CÉU?

COMO VOCÊ SE COMUNICA COM ELA?




Dez Jogos e Brincadeiras para Educação Infantil

Desenvolver atividades em Educação Infantil não é nada fácil, em razão dos alunos serem muito pequenos e ainda por não corresponderem de forma motora a muitas atividades. Assim, seguem algumas sugestões que poderão auxiliar o professor no cotidiano da sala de aula, bem como fora dela.

Caixa de Sensações: o professor pode encapar uma caixa de tênis fazendo um furo em forma de círculo, com dez centímetros de diâmetro. O professor deverá organizar materiais como retalhos, flocos de algodão, pedaços de lixa, tampinhas, caixinhas e outros objetos e ir colocando-os por uma das extremidades, a fim de que a criança, com a mão do outro lado, identifique o material.

Caminho Colorido: com folhas de papel pardo, faça um caminho para que as crianças carimbem os pés, com tintas coloridas. É uma atividade que envolve muito as crianças,

e as deixam muito felizes.


Toca do Coelho: Dispor bambolês no pátio da escola de forma que fiquem duas crianças em cada um e que sobre uma fora do bambolê. Ao sinal do professor, as crianças deverão trocar de toca, entrando duas em cada um. Sempre sobrará uma criança fora da toca.

De onde vem o cheiro? A professora irá passar perfume em um paninho e o esconderá na sala, num lugar fácil, onde os alunos deverão descobrir de onde vem o cheiro.

Dentro e Fora: Fazer uma forma geométrica bem grande no chão e pedir que as crianças entrem na delimitação desse espaço. Se quiser o professor poderá fazer outra forma dentro da que já fez onde irá pedir que os alunos adentrem também, explorando ainda que se a forma é pequena eles irão ficar apertados.

Arremesso: O professor fará uma linha no chão, usando fita crepe e as crianças deverão arremessar garrafinhas plásticas cheias de areia, para frente. O professor irá medir as distâncias e verificar quem conseguiu arremessar mais longe. Depois, em sala de aula, poderá fazer um gráfico explicativo.

Pneus: Esses podem ser usados para várias brincadeiras, como pular dentro e fora, se equilibrar andando sobre a parte de sua lateral ou ainda quem consegue rolar o pneu de um determinado lugar até outro sem deixá-lo cair.

Que som é esse?: Com faixas de tnt preto, vendar os olhos dos alunos e fazer diferentes barulhos usando instrumentos musicais, latas, brinquedos, etc., a fim de que as crianças identifiquem os mesmos.

Caixa Surpresa: Com uma caixa de papelão encapada, o professor irá mandar para a casa de um aluno a fim de que os pais enviem algum material que possa ser descoberto pelas crianças. O professor vai fazendo descrições do material, até que as crianças descubram o que é.

Pega-Pega Diferente: Dividir a turma em dois grupos e identificá-los com lenços ou fitas de cores diferentes. Após o sinal do professor os grupos deverão pegar uns aos outros e a criança pega deverá ficar num espaço delimitado pelo professor. Vence o grupo que tiver mais pessoas que não foram pegas.

Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil
Escola

Sugestões de atividades com Rótulos - complemento do projeto postado.

  • Contar o número de letras em cada logomarca e registrar abaixo:




Bingo dos rótulos (modelos de cartelas)

Fonte- Blog Alfabetização divertida.



Fonte-Blog Minha Paixão: Alfabetização.