1ª) TEM ou TÊM ou TEEM? VEM ou VÊM ou VEEM ou VÊEM?
Se você costuma ter esse tipo de dúvida ou já perdeu seu tempo com esse problema, observe o esquema abaixo:
1) Grupo do CRÊ-DÊ-LÊ-VÊ:
Os verbos CRER, DAR, LER e VER são os únicos que na 3ª pessoa do plural terminam em –EEM. Não esqueça que perderam o acento circunflexo, segundo o novo acordo ortográfico:
Ele crê – eles creem;
Ele dê – eles deem (=presente do subjuntivo);
Ele lê – eles leem;
Ele vê – eles veem.
Essa regra também vale para os verbos derivados:
Ele relê – eles releem;
Ele prevê – eles preveem.
2) Dupla TER e VIR:
Na 3ª pessoa do singular, não há acento gráfico; na 3ª pessoa do plural, terminam em –ÊM. Esse acento circunflexo para distinguir o plural do singular foi mantido, segundo o novo acordo ortográfico:
Ele tem – eles têm;
Ele vem – eles vêm.
3) Verbos derivados de TER e VIR: DETER, RETER, MANTER, CONVIR,
PROVIR, INTERVIR…
Na 3ª pessoa do singular, tem acento agudo; na 3ª pessoa do plural, tem acento circunflexo. Isso já era assim antes do acordo ortográfico (os acentos foram mantidos):
Ele detém – eles detêm;
Ele intervém – eles intervêm.
Cuidado!
“É preciso que vocês contem tudo.” (=verbo CONTAR);
“A garrafa contém gasolina.” (=verbo CONTER – 3ª pessoa do singular);
“As garrafas contêm gasolina.” (=verbo CONTER – 3ª pessoa do plural);
Outro perigo:
“…que eles provem…” (=verbo PROVAR, no presente do subjuntivo);
“…ele provém…” (=verbo PROVIR, na 3ª pessoa do singular);
“…eles provêm…” (=verbo PROVIR, na 3ª pessoa do plural);
“…eles proveem…” (=verbo PROVER, na 3ª pessoa do plural);
Para não esquecer:
“Eles vêm “ (=verbo VIR);
“Eles veem” (=verbo VER).
2ª) HINDU ou INDIANO?
Quem nasce na Índia é indiano. Hindu é o seguidor do Hinduísmo. Não devemos confundir nacionalidade com religião. Confusão semelhante ocorre com JUDEU e ISRAELENSE. Quem nasce em Israel é israelense. Judeu é relativo ao povo, à raça, e não à nacionalidade.
3ª) GUARDA-CHUVAS ou GUARDAS-CHUVAS?
Quando o primeiro elemento da palavra composta for verbo, somente o substantivo vai para o plural: guarda-chuvas, salva-vidas, porta-bandeiras, arranha-céus, quebra-molas, tira-gostos, beija-flores, bate-bocas…
É importante não confundir guarda-chuva com guarda-civil. Em guarda-civil, guarda é substantivo. Temos um substantivo e um adjetivo (=civil). Nesse caso, os dois vão para o plural: guardas-civis, guardas-noturnos, guardas-florestais…
Quando guarda for verbo (de guardar = proteger), somente o segundo elemento (= substantivo) vai para o plural: guarda-chuvas, guarda-roupas, guarda-louças, guarda-sóis…
No caso de guarda-costas, o problema é que a palavra costas (dorso, parte posterior) só apresenta a forma plural: “Estou com dor nas costas”. Costa, no singular, é a zona litorânea: “É linda a costa brasileira”. Assim sendo, você pode ter um guarda-costas ou vários guarda-costas.
Outra observação importante é lembrar que a forma para, do verbo parar, segundo o novo acordo ortográfico, perdeu o acento agudo: ele para. Como perdeu o acento, mas não deixou de ser verbo, a regra do plural continua valendo: para-raios, para-lamas, para-brisas, para-choques, para-sóis…
Cuidados!
a) Segundo o novo acordo ortográfico, há exceções quanto ao uso do
hífen. Devemos escrever sem hífen: mandachuva, passatempo, girassol, paraquedas, paraquedismo, paraquedista…
b) Não podemos confundir a forma para (do verbo parar), que perdeu o
acento agudo mas não o hífen (fora as exceções): para-lama, para-brisa, para-raios (mas paraquedas, paraquedismo, paraquedista) com o prefixo para (= próximo, semelhante), que nunca teve acento gráfico nem hífen: paranormal, paramédicos, paramilitares, parapsicologia, paraolimpíadas…
fonte: http://g1.globo.com/platb/portugues/
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